Gosto de ver novela. É apenas um passatempo que me tira dos afazeres e permite relaxar no sofá durante algum tempo. Novelas são histórias simples que não ocupam lugar na minha cabeça nem me fazem pensar ou mudar meu jeito de ser. Por isso, logo que acabam são deletadas de minha memória. Antigamente as tramas eram mais consistentes e o desenrolar da história me prendia a atenção. Os autores pareciam desenvolver as novelas com a qualidade necessária para justificar seu sucesso na mídia. Hoje em dia, o que se vê são temas superficiais que parecem só existir para dar suporte às frequentes cenas de pornografia quase explícita. São uma gororoba de pequenas e paralelas histórias, onde os personagens se cruzam, com grande frequência (mais do que razoável), nas mesmas cenas. Pensam que nós espectadores somos, um bando de idiotas, incapazes de realizar qualquer análise crítica sobre o que assistimos. O autor parece ser apenas o gerente de uma equipe (eles não escrevem mais sozinhos) de pequenos escritores, todos supervisionados pelo departamento de marketing da emissora que os orienta para um máximo de faturamento com um mínimo de despesa.
A constância dos temas sexuais parecem encerrar um premissa de que o brasileiro (de qualquer classe, idade, sexo ou religião) é um alienado cultural que tem grande e permanente interesse por esse tipo de assunto. As emissoras recebem permissão (através do controle remoto) para entrar em nossa sala, onde frequentemente estamos em família, para um momento de descontração. Começa a novela e repentinamente rola uma cena de sexo ardente entre os atores. Temos que mudar de canal às pressas, antes que as crianças sejam expostas a essa forma de pornografia quase explicita. Parece que o formato mais largo (wide ou 16x9) das tevês modernas, só serviu para melhor enquadrar as cenas de sexo com os atores deitados, já que essa é a posição em que mais os vemos em suas maravilhosas "performances".
Com frequência, tentam nos enfiar goela abaixo personagens homossexuais, de comportamento caricato, como se eles já fizessem parte parte de nosso dia a dia (água mole em pedra dura.....). Tratam desse assunto como algo plenamente aceito e resolvido pela nossa cultura. Fico pensando nos motivos que levam esses autores e diretores a serem tão recorrentes no tema do homossexualismo. Seria para acrescentar essas minorias ao conjunto de telespectadores? Não acredito. Alguém já mencionou que essa é uma demanda de pessoas que, querendo sair do armário, estão banalizando o tema para que sejam mais facilmente aceitos na nova condição.
Para completar, acho que a sociedade e seus representantes legais, deveriam se mobilizar para enquadrar toda essa licenciosidade pornográfica através de instrumentos legais, capazes de limitar o comportamento das emissoras aos níveis aceitáveis pelos bons costumes e decência da família brasileira. E, não venha com papo de que isso é censura, já que as novelas são apenas peças de ficção, como as emissoras cuidam de anunciar para se proteger.
Falei.....